terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2008 EM REVISTA... de A a Z


Alex Ferguson: Foi o treinador mais bem sucedido do ano, dando continuidade a uma carreira de sonho e demonstrando que continua na elite dos técnicos mundiais. Conquistou a Liga dos Campeões, a Premier League e o Mundial de Clubes, além da Supertaça Inglesa. Coisa pouca!

Beto: Realizou um magnífico trabalho no ano que agora finda, defendendo a baliza do Leixões. Na minha opinião, é o melhor guarda-redes português da actualidade, revelando qualidades mais que suficientes para poder chegar bem longe na carreira. Mais tarde ou mais cedo, chegará à Selecção Nacional e a um grande do nosso futebol. Veremos qual terá a inteligência de o agarrar.

Cristiano Ronaldo: Melhor jogador do mundo de 2008. Vencedor e melhor marcador da Liga dos Campeões, vencedor e melhor marcador da Premier League, ganhou também o Mundial de Clubes e a Supertaça Inglesa. Arrebatou a Bota de Ouro e a Bola de Ouro e o FIFA World Player vem a caminho. Sendo um extremo, atingiu a impressionante soma de 42 golos. Todas as distinções individuais possíveis e imaginárias, Ronaldo logrou alcançá-las. Só o fraco Euro'2008 ao serviço de Portugal manchou um ano simplesmente arrebatador. Sem palavras. Melhor do mundo!

David Villa: Maravilhoso avançado, sagrou-se campeão europeu de selecções e efectuou uma temporada notável com a camisola do Valência. Os colossos europeus andam todos na sua peugada. Capacidade técnica, velocidade de execução e apetência goleadora fazem de Villa um dos melhores do planeta.

Espanha: Finalmente sagrou-se campeã europeia, 44 anos após o seu primeiro e, até então, único título sénior. Com o velho Luís Aragonés aos comandos, a selecção espanhola foi a equipa mais forte presente nos relvados da Áustria e Suíça, não dando grandes hipóteses à concorrência e arrebatando o ceptro de forma inteiramente merecida. O futebol que praticou chegou a ser soberbo.

FC Porto: Foi novamente e sem grande surpresa a melhor equipa portuguesa do ano. Campeão em 2007-08, qualificou-se ainda para os 'oitavos' da Champions e na liga portuguesa desta temporada segue a apenas dois pontos do líder. Ganhar é o único verbo que o FC Porto de Jesualdo Ferreira parece saber conjugar, não obstante alguns momentos difíceis que atravessou.

Guardiola: Iniciou na presente temporada a sua carreira de treinador principal de alto nível ao serviço do Barcelona e tem feito um trajecto fulgurante. Lidera a liga espanhola de modo folgado e passeou na Champions, colocando a sua equipa a praticar o melhor futebol da Europa. Foi um '6' de excepção e, enquanto treinador, não traiu a concepção de futebol que sempre exibiu como jogador. Grande Pep.

Hulk: Chegou ao FC Porto envolto em interrogações, mas já as dissipou. Mesmo ainda imaturo, tem revelado qualidades extraordinárias e raras, tendo-se já constituído como uma das principais revelações da presente época doméstica. Promete continuar a dinamitar as defesas contrárias, servindo-se da sua capacidade de explosão, velocidade, técnica e poder de fogo.

Ibrahimovic: É o melhor avançado-centro do mundo e fez um ano admirável ao serviço do Inter. A sua capacidade técnica é algo fora do normal e o futebol nos seus pés ganha outra dimensão. Marca golos em catadupa, alguns deles de primorosa execução. Mourinho disse recentemente que era melhor que Cristiano Ronaldo. Não é. Mas não fica muito longe.

José Mourinho: O futebol já sentia falta do melhor treinador do mundo. É um mestre do banco, do treino, da liderança e da gestão de recursos humanos. Voltou ao activo pela porta grande do poderoso Inter e, em Itália, tem sido igual a si próprio: frontal, polémico, vencedor. Lidera a liga italiana confortavelmente e defrontará o Manchester United nos oitavos-de-final da Champions. O futebol agradece a sua presença.

Kun Aguero: O seu talento é incomensurável e caminha a passos largos para o topo mundial. Foi o jogador que mais brilhou na carreira sustentada do Atlético Madrid, tanto na liga espanhola como na Champions. Confesso-me um fã incondiconal da qualidade e do estilo deste avançado argentino, genro do inigualável Diego Armando Maradona.

Lisandro: Foi o melhor jogador do ano no futebol português. Melhor marcador da liga de 2007-08 com 24 golos, o avançado do FC Porto alia a qualidade insuspeita ao espírito de sacrifício e fúria de vencer. É de jogadores desta categoria que o nosso futebol precisa. É um dos ídolos dos adeptos portistas e em 2008 reforçou esse estatuto.

Messi: Jogador de talento ímpar, o argentino andou praticamente com o Barcelona às costas. Foi o jogador que mais brilhou em 2008 a seguir a Cristiano Ronaldo, mas faltaram-lhe os títulos colectivos. No entanto, ninguém duvida da sua capacidade e, tarde ou cedo, chegará também a melhor do mundo.

Nou Camp: Estádio mítico e imponente, assitiu, desde o início desta época, aos melhores espectáculos futebolísticos desde há alguns anos. Xavi, Iniesta, Henry, Eto'o e Messi são apenas alguns dos que têm passeado a sua classe pelo relvado de Nou Camp, para gáudio dos adeptos catalães. 2008 foi um bom ano para um dos lugares de culto do futebol mundial.

Old Trafford: Continuando nos estádios, o 'Teatro dos Sonhos' também não poderia ser esquecido. É a casa do campeão europeu e melhor clube de 2008 e foi lá, maioritariamente, que os adeptos do Manchester United puderam contemplar as obras de arte de Cristiano Ronaldo e as qualidades de outras estrelas como Rooney, Berbatov, Rio Ferdinand, Anderson ou Carrick.

Pablo Aimar: Foi indiscutivelmente um dos nomes mais falados do ano no futebol português. Jogador de grande valor, chegou ao Benfica sob enorme expectativa, mas ainda não conseguiu justificá-la por completo. Teve algumas acções esporádicas de refinado talento, mas a sua débil condição física e a desadequação do sistema de Quique Flores às suas características, não o deixaram afirmar-se. Esperemos por 2009.

Queiroz: Chegou à Selecção Nacional para substituir Luíz Felipe Scolari após o Euro'2008, numa escolha da FPF que me pareceu em cheio. No entanto, as coisas não estão a correr nada bem e Portugal, já habituado aos grandes palcos, está em sérias dificuldades na qualificação para o Mundial'2010. As críticas ao seu trabalho têm sido ferozes, mas continuo a acreditar que é o homem certo para liderar a selecção portuguesa. Não esquecer as grandes conquistas de 2008 enquanto adjunto do Manchester United.

Reyes: Grande promessa do futebol espanhol, foi contratado pelo Benfica, após um certo declínio na carreira. É um extremo de óptimos recursos e o futebol nacional agradece a presença de executantes deste calibre. É um dos melhores da liga e foi um dos que mais contribuiu para o actual primeiro lugar benfiquista.

Scolari: Nem sempre pelas melhores razões, foi uma das grandes figuras do ano, não só do futebol cá do burgo, como também lá fora. Na Selecção Nacional, ficou bastante aquém do esperado no Euro'2008 e a forma pouco digna como decidiu sair não abonou nada a seu favor. Rumou ao Chelsea e está na luta pelo título, mas a sua vida em Inglaterra não tem sido nada fácil. 2009 irá esclarecer posições e situações.

Torres: Um ano em grande para o atacante espanhol. Campeão europeu pela Espanha e grande destaque do Liverpool pelo número de golos apontados, confirmou-se como um dos melhores avançados da actualidade.

United: A turma de Manchester, como já referi, foi a melhor de 2008, conquistando os troféus mais importantes. Com Ronaldo a liderar, foi a principal força futebolística de 2008, com o seu habitual poderio ofensivo e estilo espectacular. Campeão inglês, europeu e mundial. E basta!

Vukcevic: Outra das grandes figuras do futebol tuga em 2008, embora nem sempre pelas melhores razões. É um dos melhores jogadores da liga portuguesa, tem talento para dar e vender e potencial para ser uma vedeta à escala internacional. Porém, a sua personalidade complicada e os problemas que teve com Paulo Bento, prejudicaram largamente a sua evolução e afirmação. Espera-se que em 2009 se concentre no trabalho e que o deixem fazê-lo.

Wesley: O brasileiro foi a cara mais visível do Leixões, grande sensação do presente campeonato. Dotado de excelente compleição física e grandes atributos técnicos, o vagabuando do ataque leixonense apontou, até agora, 7 golos na liga e já se fala em voos mais altos para a sua carreira. Um dos bons valores do nosso futebol, que 2008 projectou para a ribalta.

Xavi: Campeão europeu pela Espanha, o médio catalão foi eleito o melhor jogador do Euro. Dono de infinitas qualidades técnicas, coloca-as invariavelmente ao serviço do colectivo, o que faz dele um dos melhores médios do mundo. É um jogador na linha do seu técnico Guardiola e o ano que agora acaba foi o da sua coroação.

Yebda: O 'trinco' francês aparece aqui porque não encontrei melhor a começar pela letra 'y' e porque foi dos melhores elementos benfiquistas nos primeiros meses da época. Chegou a Portugal completamente desconhecido e surpreendeu muita gente pela positiva. É um jogador que aprecio.

Zenit: Uma das melhores equipas de 2008. Ganhou brilhantemente a Taça UEFA, derrotando o Glasgow Rangers na final, assim como a Supertaça Europeia, impondo-se ao fortíssimo Manchester United. Na Champions não foi tão bem sucedido, mas foi das equipas que melhor futebol praticou no Velho Continente, servindo-se de grandes jogadores como Arshavin, Danny, Pogrebnyak, Denisov ou Zyrianov.